Como funciona a economia criativa no Brasil?

economia criativa no Brasil

Economia criativa é um conceito relativamente novo e sua finalidade é estimular a criatividade das sociedades, otimizando a qualidade de vida onde elas se desenvolvem. A economia criativa no Brasil vem se transformando em um dos expoentes do mercado.

É uma forma de manter uma atividade econômica, ressaltando a imagem local e consolidando recursos em busca de novos futuros, diferenciados. 

Saiba mais sobre esse conceito inovador e como ele pode ser útil em sua vida profissional!

Como funciona a economia criativa no Brasil?

Podemos resumir dizendo que economia criativa é uma série de atividades econômicas que giram em torno de conteúdo simbólico, sendo a criatividade o mais expressivo critério para gerar bens e serviços.

O conceito de economia criativa ainda está em desenvolvimento. Por isso, há definições diferentes mundo afora. O que não se discute é que ela se fundamenta na relação entre a criatividade, a economia e o simbólico.

Economia criativa no mundo

Entre 2000 e 2010, a economia criativa cresceu duas vezes mais que o setor de serviços em geral e quatro vezes mais que o setor de produção de alguns países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e de países em desenvolvimento. 

Esses dados são referentes ao mundo todo e foram divulgados pela UNCTAD, que é a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento.

Conforme o Observatório Nacional da Indústria (ONI), um milhão de empregos novos vão aparecer até 2030, resultantes da economia criativa.

Economia criativa no Brasil

Quando falamos em experiências culturais significativas, o Brasil se destaca em todo o mundo. Amparado por uma população digital e diversificada e pela valorização crescente dos setores criativos, o país ocupa uma boa posição para desenvolver uma economia criativa sólida.

Empregos

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para o quarto trimestre de 2022, a economia criativa no Brasil emprega atualmente 7,4 milhões de profissionais. A quantidade pode aumentar para 8,4 milhões em 2030.

Mensuração

Por outro lado, a economia criativa no Brasil ainda não é mensurada com consistência. O mapeamento de 2022 indicou dificuldades de metodologia para mensurar ativos intangíveis, considerando as características do setor, bem como os riscos e as incertezas relacionadas ao lançamento de um produtivo criativo no mercado. 

Dessa forma, foram propostos dois métodos de valoração:

  • John Holden que considera três categorias de valor: valor intrínseco, valor instrumental e valor institucional;
  • Comissão Warwick, que leva em conta o valor econômico, o valor cultural e o valor social.

Soft power

O Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil de 2022 explorou a noção de soft power, de Joseph Nye, que considera como a imagem de um país pode gerar atratividade, influenciando e persuadindo por meio da sua cultura, de suas peculiaridades e outras características.

Nesse sentido, o Brasil apresenta grande potencial de utilizar seu soft power, que ainda se encontra muito ligado ao carnaval. Porém, há outras possibilidades que podem ser exploradas:

  • economia verde;
  • paisagens naturais;
  • filmes, documentários e outros produtos audiovisuais;
  • música;
  • quadrinhos (os da Turma da Mônica, por exemplo, já são conhecidos no mundo todo e existe um grande potencial nessa área);
  • literatura infantil;
  • cachaça;
  • café;
  • cultura sertaneja;
  • outras expressões culturais genuínas.

Quais são os exemplos de economia criativa no Brasil?

No Brasil, as áreas de economia criativa que mais geram empregos são: arquitetura, engenharia, moda, design, música, comunicação, cinema, games, artes visuais, televisão. 

Assim, são quatro setores que envolvem a economia criativa no Brasil:

  • mídias: áreas audiovisuais e editoriais;
  • consumo: áreas de arquitetura, design, moda e publicidade;
  • tecnologia: áreas de biotecnologia, desenvolvimento de produtos, tecnologia da informação e comunicação;
  • cultura: artes cênicas, música, expressões culturais; patrimônio e artes.

Agora, vamos falar sobre algumas dessas áreas, ressaltando suas características principais. Confira se já atua ou sente interesse em alguma delas:

Arquitetura e Urbanismo

O arquiteto e urbanista desenvolve projetos de construção e acompanha obras civis que envolvem casas, prédios, fontes, espaços públicos e cidades.

O profissional interfere no ambiente urbano, procurando soluções para diferentes problemas, visando garantir mobilidade, acessibilidade, segurança e qualidade de vida, ao mesmo tempo em que valoriza aspectos estéticos.

Artes cênicas

As artes cênicas exploram a dramaturgia em teatro, cinema, TV e rádio. Além de atuar como ator, o profissional que trabalha nessa área pode ser locutor, dublador, apresentador, preparador vocal e corporal de elenco.

A dramaturgia começou no teatro, mais especificamente em encenações religiosas e, acompanhando o desenvolvimento tecnológico, alcançou o cinema, o rádio, a televisão e o mundo digital. 

Por isso, o profissional precisa se manter atualizado, sempre a par da evolução tecnológica.

Cinema e audiovisual

Essa área da economia criativa explora as linguagens cinematográficas de diferentes países, principalmente as do Brasil. Assim, o profissional está apto a desenvolver todo o processo de realização de um filme, de um documentário ou de outro produto audiovisual, nas seguintes áreas:

  • pré-produção;
  • pós-produção;
  • efeitos visuais;
  • marketing;
  • divulgação;
  • exibição.

Produção publicitária

O produtor publicitário desenvolve interação entre artes, cultura, criatividade e novos modelos de negócios. Desenvolve planejamento e criação de peças gráficas, campanhas publicitárias, roteiros e outros materiais que serão veiculados em diferentes tipos de mídias.

Design de animação

O designer de animação desenvolve roteiros, cria personagens, realiza construções gráficas em projetos 2D e 3D, gerencia criações audiovisuais para animações de games e filmes.

Design de moda

O designer de moda cria coleções para o mercado da moda, desenhando e compondo looks, acessórios, figurinos para eventos e espetáculos.

Ele também está apto a prestar assessoria de estilo e fazer pesquisas de tendências, mantendo-se atualizado sobre todas as novidades têxteis.

Produção cultural

O especialista em produção cultural planeja, elabora e executa projetos e produtos culturais, conforme critérios sociais, econômicos e artísticos.

Dessa forma, ele é qualificado para gerenciar culturalmente museus, bibliotecas, galerias de arte, centros culturais, cinemas e teatros.

Comunicação digital

O comunicador digital domina as principais ferramentas e plataformas digitais, bem como as teorias de comunicação que sustentam sua prática.

Dança

O profissional que atua nessa área conhece as diferentes técnicas de dança e suas variações, desenvolvendo habilidades de coreografia e criação.

Ainda que a economia criativa possa ser realizada de maneira autônoma em algumas situações, recomenda-se ao profissional buscar qualificação para se manter com credibilidade e em evidência no mercado de trabalho.

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